As águas de Monte Real eram já utilizadas pelos romanos, como atestam uma árula romana, bem como várias moedas desse período, encontradas junto à nascente, numas escavações mandadas efetuar por volta de 1806/1807 pelo então Bispo de Leiria, D. Manuel de Aguiar, que mandou edificar uma casa de alvenaria, com dois “cubículos”, cada um com uma banheira para os banhos de água termal.
Reza a lenda que a Rainha Santa Izabel, nas suas estadias em Monte Real com o Rei D. Diniz, aqui distribuiria a água termal aos doentes que as procuravam.
Por volta de 1916, um industrial e proprietário abastado da Ortigosa, Manuel da Silva Pereira, adquiriu em hasta pública à Câmara Municipal de Leiria, a propriedade das nascentes de águas termais, àquele tempo quase abandonadas.
Comprou terrenos à volta da nascente de água termal, rasgou a avenida das termas, construiu um balneário e o grandioso hotel, e iniciou uma organizada propaganda das Termas de Monte Real por todo o país.
Em 1925, legou a propriedade ao seu sobrinho Olympio Duarte Alves, e a partir daí começou o ressurgimento de Monte Real.
Com um plano elaborado pelos arquitetos Korrodi, (pai e filho), concluiu o grande hotel que logo entrou em exploração, e transformou e ampliou o antigo balneário dotando-o dos melhores equipamentos para os tratamentos termais.
A partir dos anos 50 e até aos anos 80 as Termas de Monte Real passaram a ser as mais frequentadas do país e até da Península Ibérica.